Atividades lúdicas e terapêuticas para crianças com autismo, TDAH e TOD. Estímulo sensorial, autorregulação e vínculo afetivo no brincar.
✅ (Sumário)
- Introdução: A brincadeira como ponte de conexão
- Entendendo o universo infantil no TEA, TDAH e TOD
- Brincadeira 1 – Caixa dos Sentidos
- Brincadeira 2 – Jogo do Espelho
- Brincadeira 3 – Circuito da Calma
- Brincadeira 4 – Histórias em Sequência
- Brincadeira 5 – Corrida de Emoções
- Brincadeira 6 – Oficina da Imaginação
- Brincadeira 7 – Desafio dos Sons e Movimentos
- Brincadeira 8 – Teatro das Máscaras
- Brincadeira 9 – Missão Sensorial
- Brincadeira 10 – Aventura Cooperativa
- Conclusão: Brincar com presença e propósito
- Mensagem final da autora + Chamada para ação
Introdução: A Brincadeira como Ponte de Conexão
Imagine uma ponte invisível entre o adulto e a criança. Essa ponte é feita de risos, de olhares curiosos, de mãos sujas de tinta. Brincar não é apenas uma atividade recreativa — é uma linguagem. Para crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositivo Desafiador), essa linguagem se torna ainda mais poderosa, sendo uma via de encontro com o outro, consigo mesmos e com o mundo.
Como destaca Robert McKee, mestre do storytelling, “o significado surge da emoção.”
Quando a brincadeira é estruturada com intenção, ela se transforma em uma ferramenta terapêutica, educativa e relacional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças no mundo está dentro do espectro autista. Somado a isso, estudos como os de Russell Barkley, referência em TDAH, apontam que o número de diagnósticos relacionados ao comportamento e desenvolvimento aumentou consideravelmente na última década. Diante disso, a brincadeira deixa de ser apenas um momento lúdico e passa a ser uma estratégia de desenvolvimento social, emocional e cognitivo.
Neste artigo, conduzido por técnicas narrativas envolventes e insights práticos de especialistas, vamos explorar 10 brincadeiras cuidadosamente selecionadas para estimular crianças com TEA, TDAH e TOD. O objetivo é oferecer orientação prática, fundamentada e acessível para pais, educadores e terapeutas que desejam criar experiências significativas e transformadoras.
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🧠 Seção 2 — Entendendo o Universo Infantil no TEA, TDAH e TOD
Antes de mergulharmos nas propostas de brincadeiras, é fundamental compreender as necessidades que cada criança carrega dentro dos diagnósticos de TEA, TDAH e TOD. O diagnóstico não define a criança — mas oferece uma lente que nos ajuda a identificar caminhos mais respeitosos e eficazes de interação e estímulo.
🌈 Cada criança é única — e isso importa
Como destaca a copywriter Joanna Wiebe, “só nos conectamos quando falamos diretamente com aquilo que a pessoa sente.” Essa verdade também se aplica ao brincar com crianças neurodivergentes. É preciso escuta, observação e presença.
📌 Breve panorama dos transtornos:
1. TEA – Transtorno do Espectro Autista
O espectro autista abrange diferentes graus de comunicação social, padrões comportamentais restritivos e interesses específicos. O brincar para crianças com TEA pode ser mais individualizado e centrado em rotinas, estereotipias ou hiperfoco — mas também pode se tornar uma maneira extremamente rica de conexão social e expansão de experiências sensório-motoras.
Principais desafios observados:
- Dificuldades de comunicação verbal e não verbal
- Resistência à mudança de rotina e transições
- Sensibilidades sensoriais (sons, texturas, cheiros)
Como as brincadeiras podem ajudar:
- Reforçando previsibilidade e estrutura
- Estimulando múltiplos sentidos com segurança
- Favorecendo a comunicação por meio de gestos, imagens ou objetos
2. TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
O TDAH é caracterizado por impulsividade, desatenção e/ou hiperatividade. Brincar com crianças com TDAH exige criatividade, tolerância a movimentos inesperados e oportunidades frequentes de mudança de foco, sem quebrar o engajamento.
Principais desafios observados:
- Baixa tolerância à frustração
- Dificuldade em manter o foco
- Comportamento impulsivo, necessidade constante de estímulo
Como as brincadeiras podem ajudar:
- Proporcionando atividades com ciclos curtos e recompensas imediatas
- Reforçando autorregulação através de tempos de pausas e respiração lúdica
- Canalizando a energia em dinâmicas estruturadas
3. TOD – Transtorno Opositivo-Desafiador
No TOD, é bastante comum que a criança apresente comportamentos desafiadores, recusa constante de ordens, explosões emocionais e oposição aos adultos em posições de autoridade. A brincadeira pode ser usada como uma via segura para criar cooperação e gerar vínculo.
Principais desafios observados:
- Comportamentos explosivos/impulsivos
- Recusa em seguir instruções
- Hostilidade verbal ou gestual
Como as brincadeiras podem ajudar:
- Valendo-se de jogos cooperativos, onde todos “ganham juntos”
- Usando a brincadeira como meio, e não como imposição
- Criando espaço de confiança onde a criança sente-se no controle da narrativa
🔗 Links sugeridos:
Externos:
- Autism Speaks – Entendendo o espectro
- CHADD (Children and Adults with Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder)
✍️ Seção 3 — Brincadeira 1: Caixa dos Sentidos
🧺 Brincadeira 1 — Caixa dos Sentidos
Imagine uma criança em silêncio, mas com os olhos repletos de curiosidade. Você entrega uma caixa misteriosa e diz com entusiasmo:
“Vamos descobrir o que tem aqui dentro? Mas não pode olhar, só sentir!”
Esse é o primeiro passo para criar um ambiente de estímulo sensorial seguro, acolhedor e cheio de descobertas.
☑️ Finalidade da brincadeira:
Despertar e organizar os sentidos de forma controlada, promovendo a integração sensorial—algo fundamental para crianças com TEA, TDAH e TOD, especialmente aquelas com hiper ou hipossensibilidade tátil, visual ou auditiva.
🎯 Como aplicar a “Caixa dos Sentidos”
Você vai precisar de:
- Uma caixa de papelão grande ou uma sacola opaca
- Diferentes objetos com texturas, formas e temperaturas variadas
- Ex.: esponja, algodão, arroz cru, grãos, massinha, casca de laranja seca, bolinha de borracha, cubos de gelo envoltos em tecido
- Venda para os olhos (opcional)
Passo a passo:
- Peça à criança que coloque a mão na caixa e descreva o que sente, sem olhar.
Estimule a verbalização (ou gestos, se for não verbal): “Está quente ou frio?” “ÉPasso a passo:
- Peça à criança que coloque a mão na caixa e descreva o que sente, sem olhar.
- Estimule a verbalização (ou gestos, se for não verbal): “Está quente ou frio?” “É macio ou áspero?”
- Desenvolva variações: adivinhar o objeto, separar itens por categorias sensoriais ou criar uma história a partir dos objetos escolhidos.
Tempo sugerido: 10 a 20 minutos, respeitando a atenção da criança.
💡 Por que funciona?
De acordo com Jean Ayres, referência mundial em integração sensorial, atividades táteis e proprioceptivas estruturadas ajudam a reorganizar conexões neurais, promovendo uma melhor adaptação ao ambiente.
Além disso, como destaca a teoria do storytelling de Robert McKee, “a mente aprende quando a emoção é ativada”. Brincadeiras como essa envolvem surpresa, expectativa e curiosidade—poderosos ativadores emocionais no cérebro infantil.
💬 Adaptações por perfil:
Para crianças com TEA:
- Explore preferências específicas da criança. Evite objetos com texturas que gerem aversão.
- Use objetos familiares no início para reduzir ansiedade.
Para crianças com TDAH:
- Faça revezamento rápido entre as rodadas e traga desafios em tom de jogo (ex.: “quem adivinhar mais, ganha um bônus sensorial”).
Para crianças com TOD:
- Dê a elas o poder de escolher o próximo objeto a ser explorado. Isso gera sentimento de controle e autonomia, reduzindo resistência.
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✨ Encerramento da brincadeira:
A Caixa dos Sentidos é mais do que um jogo — é uma ponte entre o cérebro e o corpo, entre a criança e o seu mundo sensorial. E sobretudo, é um convite para que pais, terapeutas e educadores se permitam brincar com curiosidade, presença e intenção.
✍️ Seção 4 — Brincadeira 2: Jogo do Espelho
🪞Brincadeira 2 — Jogo do Espelho
Duas crianças (ou uma criança e um adulto) se posicionam uma de frente para a outra. Uma faz movimentos suaves com os braços, testa caretas engraçadas ou balança de leve de um lado para o outro — a outra deve imitar o mais fielmente possível.
Parece simples. Mas na verdade, trata-se de uma atividade extremamente poderosa para o desenvolvimento da atenção compartilhada, expressão corporal, autorregulação emocional e empatia.
Como afirma Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional, “A empatia começa com a autoconsciência.”
Movimentos espelhados são, portanto, exercícios de presença corporal e leitura emocional — e isso impacta diretamente no equilíbrio emocional de crianças com TEA, TDAH e TOD.
🎯 Objetivos principais:
- Desenvolver consciência corporal e noção do “eu” e do “outro”
- Melhorar o controle motor fino e grosso
- Estimular atenção, imitação e vínculo social
- Trabalhar a reciprocidade nas interações
🛠️ Como aplicar o Jogo do Espelho
Você vai precisar de:
Nada além de um espaço tranquilo e boa vontade para brincar.
Passo a passo:
- Posicione-se de frente para a criança.
- Demonstre movimentos intencionais: abanar as mãos, levantar um braço, girar o tronco, piscar alternadamente…
- Peça para ela espelhar seus movimentos.
- Troque de função — agora é ela quem lidera e você imita.
- Crie variações: movimento com objetos (ex: lenço, bolinha), incluir sons, coreografias simples etc.
Dica extra: use uma música suave de fundo para criar clima de concentração e leveza.
Tempo sugerido: 10 a 15 minutos
📋 Benefícios observados:
Para crianças com TEA: Estimula o contato visual de forma natural — sem📋 Benefícios observados:
Para crianças com TEA:
- Estimula o contato visual de forma natural — sem ser invasivo
- Melhora as habilidades de imitação, fundamentais para a comunicação social
- Promove previsibilidade e segurança
Para crianças com TDAH:
- Exige foco momentâneo em uma única ação — excelente exercício de atenção seletiva
- Trabalha a inibição da impulsividade, necessária para “esperar” e depois imitar
Para crianças com TOD:
- Cria espaço para cooperação com leveza (sem comandos diretos)
- Gera sensação de controle quando lideram a brincadeira
- Desenvolve empatia ao perceber que o outro está se espelhando nela
🧠 Por que essa brincadeira funciona?
Além de ser divertida e simples, o jogo do espelho ativa o que os neurocientistas chamam de “sistema de neurônios-espelho” — áreas cerebrais que se ativam tanto quando realizamos uma ação quanto quando a observamos em outra pessoa.
Isso reforça o chamado “cérebro social”, componente essencial na construção de relações, comunicação e aprendizado, como detalhado no livro Mind in the Making, de Ellen Galinsky.
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Internos (Sementes da Vida — sugestões):
✨ Encerramento da brincadeira:
O Jogo do Espelho é uma dança silenciosa onde a linguagem não falada ganha protagonismo. Ele ensina, conecta e acalma — atributos essenciais para criar vínculos reais com crianças que veem o mundo por lentes únicas.
✍️ Seção 5 — Brincadeira 3: Circuito da Calma]
🌿 Brincadeira 3 — Circuito da Calma
Em um mundo de hiperestimulação constante, propor um circuito físico que também leve ao autocontrole e à tranquilidade pode ser uma das ferramentas mais poderosas no manejo de comportamentos impulsivos e de ansiedade.
O Circuito da Calma é uma sequência de “estações” com atividades motoras e sensoriais suaves que ajudam a criança a incorporar, no corpo, a noção de pausa, respiração e regulação emocional. Inspirado em práticas de integração sensorial e mindful movement, esse circuito promove conexão corpo-mente e cria uma experiência lúdica com foco terapêutico.
🎯 Objetivos principais:
- Estimular o cérebro a se autorregular após picos de excitação ou agitação
- Trabalhar coordenação motora e consciência corporal
- Ensinar estratégias de desaceleração (pausas conscientes, respiração, toque)
- Promover sentimentos de segurança e previsibilidade
🛠️ Como montar o Circuito da Calma
Materiais sugeridos:
- Tapetes ou colchonetes
- Almofadas, pufes ou bolinhas de mochila sensorial
- Cartões com instruções ilustradas (ex.: “pause e respire”, “abrace forte o puff”, “pule 3 vezes e pare” etc.)
- Aromatizador suave natural (opcional – sem cheiro forte)
- Caixa de areia ou massinha para exploração final
Exemplo de 5 estações:
- Respiração do balão – Fazer de conta que enche um balão devagar com ar (inspira e expira lentamente)
- Passo do urso – Andar como um urso, com mãos e pés no chão, estimulando estímulos proprioceptivos
- Abraço de travesseiro – Apertar uma almofada (ou colete sensorial) com força por 10 segundos
- Pulo de tartaruga – Saltar 3 vezes suavemente sobre um colchonete e parar congelado
- Mãos na areia – Manipular massinha ou areia mágica para fechar o circuito sensorial
Duração por estação: 2 a 4 minutos
Tempo total estimado: 10 a 20 minutos
💡 Por que essa brincadeira funciona?
A terapeuta ocupacional Lucy Jane Miller, referência em integração sensorial, afirma que atividades físicas guiadas e previsíveis ajudam o sistema nervoso a modular o excesso de estímulo.
Crianças com TDAH se beneficiam profundamente de pausas motoras com foco antecipado. Crianças com TEA ou TOD podem usar esse tipo de circuito como uma maneira de reorganizar o corpo e expandir a janela de tolerância emocional.
Além disso, no contexto da narrativa terapêutica de Robert McKee, brincadeiras como o Circuito criam um “ritual de transformação” — um momento onde a criança aprende novos caminhos neurológicos para lidar com o mundo à sua volta.
📋 Adaptações possíveis:
Para crianças com TEA:
- Evitar ruídos e aromas fortes durante o circuito
- Usar cartões ilustrados com instruções visuais claras
- Repetir o circuito sempre da mesma forma no início, para favorecer estabilidade
Para crianças com TDAH:
- Alternar entre estações de gasto de energia e estações calmas
- Usar cronômetro ou músicas que sinalizem passagem de tempo (ex: 1 minuto por estação)
Para crianças com TOD:
- Convidar a criança a montar o circuito junto — ela se sente parte e não apenas executora
- Evitar correções durante a execução, e sim reforçar positivamente os movimentos concluídos
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✨ Encerramento da brincadeira:
Com esta brincadeira, a criança aprende que é possível alternar entre ação e pausa, excitação e tranquilização — um aprendizado vital não apenas para o momento, mas para toda a vida.
✍️ Seção 6 — Brincadeira 4: Histórias em Sequência
📖 Brincadeira 4 — Histórias em Sequência
Toda história tem um começo, meio e fim. Mas para muitas crianças com TEA, TDAH ou TOD, organizar eventos em ordem cronológica — especialmente quando envolvem emoções e interações sociais — pode ser um desafio significativo.
A brincadeira “Histórias em Sequência” usa imagens, objetos ou cartões ilustrados para ajudar a criança a desenvolver raciocínio lógico, habilidades de linguagem e compreensão emocional através da narrativa estruturada.
Como diz Robert McKee, “histórias são o cérebro em funcionamento emocional”.
Ajudar a criança a montar histórias não é apenas uma atividade de linguagem — é uma forma de ajudá-la a compreender o mundo e a se colocar como protagonista da própria vida.
🎯 Objetivos principais:
- Desenvolver linguagem oral e/ou funcional (em crianças não verbais, pode ser adaptado com CAA — Comunicação Aumentativa e Alternativa)
- Aprimorar o raciocínio lógico e a organização sequencial
- Estimular a expressão de sentimentos e identificação de emoções
- Trabalhar resolução de problemas sociais (“o que fazer agora?”, “como ela se sentiu?”, etc.)
🛠️ Como aplicar Histórias em Sequência
Materiais sugeridos:
- Cards com ilustrações (pode-se imprimir imagens de situações do cotidiano: “tomando banho”, “indo à escola”, “brincando no parquinho”, etc.)
- Figuras com expressões faciais e/ou emojis simples
- Objetos físicos para “contar” a história (brinquedos, fantoches, bonecos)
Passo a passo:
- Apresente à criança 3 a 5 imagens fora de ordem.
- Peça para ela organizar as imagens na sequência lógica.
- Após a ordem ser montada, incentive a criança a contar a história com suas próprias palavras ou apontar os elementos (em caso de não verbais).
- Faça perguntas como:
- “O que aconteceu primeiro?”
- “Como o personagem está se sentindo?”
- “O que poderia ter acontecido depois?”
Duração sugerida: 15 a 25 minutos
💡 Por que essa brincadeira funciona?
A narrativa sequencial ajuda a criança a criar conexões temporais e causa-efeito entre eventos, o que colabora não apenas com a linguagem e alfabetização, mas também com habilidades sociais e resolução de conflitos.
De acordo com Lev Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo acontece na zona de desenvolvimento proximal, ou seja, com apoio e mediação. Ao brincar com sequências narrativas, pais e educadores se tornam mediadores da construção de sentido — oferecendo suporte, mas também autonomia.
📋 Adaptações por perfil:
Para crianças com TEA:
- Usar imagens visuais bem definidas, com fundo neutro (menos estímulos visuais)
- Incluir personagens favoritos da criança (ex: animais, personagens de desenhos)
Para crianças com TDAH:
- Criar mini-desafios com tempo (“Você consegue montar a história certa em 60 segundos?”)
- Alternar entre organização da sequência e dramatização com fantoches
Para crianças com TOD:
- Permita que a criança crie uma “história maluca”, invertendo sequências de forma divertida
- Dê oportunidade para ela ilustrar a própria versão da história (desenhar, colar, inventar)
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✨ Encerramento da brincadeira:
Dar à criança a oportunidade de montar histórias ajuda-a a se escutar, a refletir e — especialmente — a ser compreendida. Histórias são espelhos e janelas. E mesmo que a criança ainda não encontre as palavras certas, o brincar já comunica o essencial: quem ela é e como ela sente o mundo.
✍️ Seção 7 — Brincadeira 5: Corrida de Emoções
[PARA REVISÃO]
🏃♂️ Brincadeira 5 — Corrida de Emoções
E se entender as próprias emoções pudesse ser tão divertido quanto correr, pular ou brincar? A proposta da Corrida de Emoções nasce da necessidade de crianças com TEA, TDAH e TOD reconhecerem seus sentimentos e aprenderem maneiras saudáveis de lidar com eles — tudo isso através do movimento.
Nesta brincadeira, cada emoção é representada por uma ação motora e, ao longo do “circuito emocional”, a criança aprende a dar nome ao que sente, enquanto movimenta o corpo de forma consciente e divertida.
Como cita Dan Siegel, neurocientista autor de O Cérebro da Criança, “Nomear para domar” (name it to tame it).
Ou seja, quando uma criança começa a identificar o que sente, ela ativa regiões cerebrais de autorregulação e fortalece sua inteligência emocional.
🎯 Objetivos principais:
- Desenvolver consciência emocional de maneira prática e encorpada
- Trabalhar autorregulação ativa
- Promover o uso do corpo como válvula de escape consciente para emoções intensas
- Construir vocabulário emocional (raiva, tristeza, alegria, medo, calma…)
🎲 Como organizar a Corrida de Emoções
Você vai precisar de:
- Espaço amplo (pode ser em casa, sala de aula ou área externa)
- Placas ou cartões ilustrativos com emojis ou personagens que expressem emoções
- Propostas de movimento associadas a cada emoção
Exemplo:- Alegria = pular como um canguru
- Tristeza = andar devagar arrastando os pés
- Raiva = marchar com força batendo os pés
- Medo = caminhar nas pontas dos pés olhando para os lados
- Calma = respirar fundo e ficar em estátua por 5 segundos
Passo a passo: Espalhe os cartões emocionais em pontos separaem pontos separados do espaço.
Fale em voz alta a emoção (ou deixe que a criança escolha aleatoriamente).
A criança vai até a emoção designada, executa o movimento correspondente.
Após concluir, estimule uma conversa breve:
“Você já se sentiu assim?”
“Quando você fica com raiva, o que te ajuda a se acalmar?”
“Alegria é um sentimento bom, né? O que te deixa alegre?”
Tempo estimado: 15 a 25 minutos
💡 Por que essa brincadeira funciona?
Muitas crianças neurodivergentes têm dificuldade em perceber e nomear as próprias emoções.
Unir movimento + visual + linguagem emocional ativa circuitos cerebrais integrais: o sistema límbico (emoção), o córtex pré-frontal (autorregulação) e o cérebro reptiliano (movimento físico).
Essa trindade é essencial para o desenvolvimento socioemocional, como também aponta Marc Brackett, fundador do Yale Center for Emotional Intelligence.
📋 Adaptações por perfil:
Para crianças com TEA:
- Use imagens claras com expressões faciais simples e reconhecíveis
- Evite sons ou estímulos visuais exagerados durante o jogo
- Dê tempo extra para transições entre emoções
Para crianças com TDAH:
- Faça rodadas rápidas para manter o engajamento
- Adicione desafios do tipo “Missão Express” com tempo cronometrado
- Estimule verbalizações rápidas (ex: “Fiquei com medo uma vez quando…”)
Para crianças com TOD:
- Permita que escolham a sequência das emoções
- Utilize personagens ou avatares simbólicos (“o dragão bravo”, “a fada da calma”) para entregar o controle narrativo à criança
- Evite imposições — transforme o jogo em “descoberta”, não em tarefa obrigatória
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Internos (Sementes da Vida — sugestões):
✨ Encerramento da brincadeira:
A Corrida de Emoções é mais do que uma forma lúdica de se movimentar. É uma aula silenciosa sobre como habitar o próprio corpo, entender o que se sente e reagir com consciência. Porque antes de aprender a controlar o que vem de fora, é preciso reconhecer o que vem de dentro.
✍️ Seção 8 — Brincadeira 6: Oficina da Imaginação
🎨 Brincadeira 6 — Oficina da Imaginação
Imagine oferecer a uma criança a possibilidade de criar um mundo inteiro a partir de papel, tinta, tampinhas e sucata. Um reino com suas próprias regras, personagens únicos e histórias fantásticas.
A Oficina da Imaginação é uma atividade livre, que estimula a criatividade, a expressão emocional e a autorregulação através de arte, construção e fantasia — ajustável conforme o perfil sensorial e cognitivo da criança.
Como já dizia Albert Einstein:
“A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
No brincar, a imaginação permite que a criança processe emoções, experimente papéis sociais e exercite flexibilidade cognitiva — especialmente importante em contextos como o TEA, o TDAH e o TOD.
🎯 Objetivos principais:
- Estimular a criatividade e o pensamento simbólico
- Favorecer o desenvolvimento da linguagem e narração
- Ajudar na regulação emocional por meio de expressão artística
- Trabalhar resolução de problemas de forma visual e concreta
🛠️ Como aplicar a Oficina da Imaginação
Você vai precisar de:
- Caixa com materiais variados:
- Tintas, lápis de cor e giz de cera
- Pedaços de tecido, retalhos, botões, barbante
- Massinha de modelar, argila ou slime
- Palitos, sucatas leves e material reciclável
- Papel, cartolinas ou caixas grandes para construção de cenários
- Histórias-gatilho ou perguntas provocativas para estimular a criação
Exemplos de disparadores criativos (por faixa etária):
- “Vamos construir uma cidade só com coisas recicladas. Que nome ela terá?”
- “Crie um monstro que protege as florestas e fala com as plantas… Como ele se parece?”
- “Você foi escolhido(a) para inventar um novo brinquedo. Como ele funciona?”
💬 Por que essa brincadeira funciona?
No universo das intervenções com arte e narrativa, o brincar com elementos simbólicos permite que a criança organize internamente suas emoções e pensamentos, mesmo que de forma inconsciente.
A psicóloga Judith Rubin, referência em Arteterapia, afirma que crianças neurodivergentes muitas vezes processam conteúdos internos de forma visual e concreta antes mesmo de conseguir verbalizá-los. A Oficina da Imaginação favorece essa transição — do simbólico ao expressado.
Além disso, cria-se um espaço de segurança emocional, onde não há certo ou errado, apenas o campo da criação.
📋 Adaptações por perfil:
Para crianças com TEA:
- Ofereça materiais com texturas familiares (evite surpresas sensoriais intensas)
- Trabalhe com temas estruturados primeiro (ex: “Vamos montar uma casa?”)
- Utilize apoio visual se necessário (ex: cards com passo a passo simples)
Para crianças com TDAH:
- Proponha pequenas “missões”, quebrando a criação em etapas para manter foco
- Estabeleça intervalos para mostrar o que já foi feito e reforçar positivamente
- Explore variações de ritmo: criação rápida versus momentos calmos de detalhamento
Para crianças com TOD:
- Permita que a criança estabeleça as regras do desafio criativo
- Ofereça espaço para criação colaborativa (ela guia, o adulto apoia)
- Valide a produção: “Você criou algo que não existia! Isso é incrível!”
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Internos (Sementes da Vida — sugestões):
✨ Encerramento da brincadeira:
Na Oficina da Imaginação, não se ensina apenas a criar… Ensina-se a confiar no próprio potencial criativo. E quando uma criança aprende que pode construir mundos com as próprias mãos, ela descobre que também pode reorganizar seu mundo interno com segurança e liberdade.
✍️ Seção 9 — Brincadeira 7: Desafio dos Sons e Movimentos
🔊 Brincadeira 7 — Desafio dos Sons e Movimentos
Você já reparou como o som pode orientar o movimento? Uma batida forte convida a pular, um chocalho suave induz uma dança lenta, um tambor pode fazer o corpo vibrar, e o silêncio… leva à pausa e escuta.
O Desafio dos Sons e Movimentos é uma brincadeira musical de resposta corporal a estímulos sonoros, ideal para crianças com TEA, TDAH e TOD. Ela fortalece a relação entre percepção auditiva, atenção, memória de trabalho e iniciativa motora.
Em termos de desenvolvimento neurológico, como pontua Bruce Perry (neurocientista e psiquiatra infantil), a rítmica corporal aliada à previsibilidade sonora acalma o cérebro da criança e facilita sua organização emocional — o corpo encontra estabilidade no ritmo.
🎯 Objetivos principais:
- Estimular a integração auditivo-motora
- Melhorar a atenção seletiva e a escuta ativa
- Trabalhar coordenação corporal, ritmo e controle motor
- Incentivar a leitura de instruções e a resposta a comandos lúdicos
🛠️ Como aplicar o Desafio dos Sons e Movimentos
Você vai precisar de:
- Instrumentos simples (chocalhos, tambores, triângulo, copinhos de plástico, palmas)
- Arquivos de som com batidas ou músicas simples (pode usar aplicativos com sons curtos e variados)
- Um espaço livre para se movimentar
Passo a passo:
- Combine com a criança as “regras do som”:
- Exemplo: 1 batida = pular; 2 batidas = agachar; chocalho = rodar; silêncio = parar;
- Toque ou reproduza os sons em sequência e observe se a criança responde com o movimento correto.
- Aumente gradualmente o desafio: intercale sons, crie ritmos diferentes ou peça que ela invente novos comandos sonoros.
- Para crianças verbais, adicione perguntas após os movimentos:
- “Como esse som fez você se sentir?”
- “Você se lembrou de qual era o movimento certo?”
- Para crianças não verbais, use cartões com ícones representando cada movimento correspondente ao som.
Duração sugerida: 10 a 20 minutos (de acordo com o nível de energia da criança)
💡 Por que essa brincadeira funciona?
A combinação entre som e corpo ativa áreas específicas do cérebro relacionadas à atenção, linguagem receptiva e resposta motora.
Profissionais como Carla Hannaford (autora de Educar com o Coração) defendem que a aprendizagem significativa acontece quando o corpo está envolvido, e a música acelera esse caminho.
Além disso, há liberação de dopamina e serotonina durante atividades rítmicas — neurotransmissores envolvidos na motivação, foco e prazer. Isso faz com que a criança busque repetir a experiência e aprenda ativamente.
📋 Adaptações por perfil:
Para crianças com TEA:
- Comece com padrões simples e mantenha certa previsibilidade
- Evite sons muito altos ou repetitivos, respeitando a sensibilidade auditiva
- Permita observar outras pessoas realizando os movimentos antes de tentar
Para crianças com TDAH:
Transforme em desafio em dupla ou grupo (“quem lembra o som da rodada passada?”)
Use ritmo como ferramenta de regulação: movimento seguido de pausa, de forma cíclicaPara crianças com TOD:
- Dê à criança o papel de “regente da orquestra” — ela escolhe os sons e define os movimentos
- Estimule expressões únicas: “invente um som diferente e um movimento novo para ele!”
🔗 Links recomendados:
Externos:
- Ritmo e Desenvolvimento Infantil – Ministério da Educação (Portugal)
- Songs for Teaching – Educational Music
✨ Encerramento da brincadeira:
Com o Desafio dos Sons e Movimentos, a criança é convidada a ouvir, responder, improvisar e aprender. E, acima de tudo, a se expressar através do corpo — algo tão essencial quanto falar.
Ritmo é ponte, som é gatilho, e o movimento é onde mora a descoberta.
✍️ Seção 10 — Brincadeiras 8, 9 e 10 + Conclusão e Mensagem da Autora
🎭 Brincadeira 8 — Teatro das Máscaras
Criatividade + Expressão + Emoção
Imagine uma brincadeira onde a criança pode ser quem quiser: um super-herói, um gato falante, uma personagem do próprio mundo interior. O Teatro das Máscaras é uma atividade poderosa de expressão simbólica e emocional, especialmente útil para crianças com dificuldade de verbalização ou entendimento de emoções complexas.
🎯 Objetivos:
- Estimular empatia e compreensão de diferentes pontos de vista
- Trabalhar expressão facial, gesto e mudança de tom de voz (quando verbal)
- Incentivar a expressão simbólica de emoções difíceis de verbalizar
- Criar ambientes de segurança emocional com papéis reversíveis
🛠️ Como brincar:
- Crie ou imprima máscaras com diferentes expressões: alegria, tristeza, raiva, surpresa…
- Deixe que a criança escolha uma, coloque a máscara e “interprete” uma situação (com ou sem apoio adulto)
- Sugira enredos simples: “O monstro estava triste porque…”, “A princesa se assustou com…”
- Para não verbais, use gestos, danças ou voz dos adultos como apoio
🧩 Brincadeira 9 — Missão Sensorial
Exploração tátil + Cooperação
Nesta brincadeira, a criança recebe uma “missão especial”: encontrar e identificar objetos escondidos que geram estímulos sensoriais diversos — tudo isso dentro de um contexto de aventura e descoberta.
🎯 Objetivos:
Trabalhar cooperação, escuta e foco
Estimular os sentidos: tato, visão, olfato, propriocepção🛠️ Exemplo de missão:
“Você é um explorador e precisa encontrar uma bolinha macia, um papel áspero e um objeto que cheira a lavanda!”
Esconda esses itens em um cantinho ou caixa e proponha pistas para que a criança encontre cada um deles.
🤝 Brincadeira 10 — Aventura Cooperativa
Trabalho em equipe + Socialização
Crianças com TEA, TDAH ou TOD frequentemente enfrentam desafios na socialização. A Aventura Cooperativa é uma brincadeira que só funciona se todos colaborarem. Pode ser uma corrida de obstáculos em que um colega ajuda o outro, ou até a construção coletiva de uma ponte com blocos de madeira.
🎯 Objetivos:
- Estimular trabalho em grupo, escuta ativa e autocontrole
- Reforçar a importância do apoio mútuo
- Trabalhar empatia e função social de cada atitude
🎬 Conclusão — Brincar com presença, intenção e amor
Essas brincadeiras vão além da diversão. Elas formam estruturas afetivas, neurológicas e sociais que fortalecem a autoestima, o senso de pertencimento e os vínculos entre adulto e criança.
Brincar com uma criança que tem TEA, TDAH ou TOD não é impor uma atividade, mas compartilhar tempo, olhar, escuta e afeto.
Nesse processo, a criança não apenas aprende —
ela floresce.
E como diz Robert McKee: “A história é o antídoto contra o caos.”
Cada brincadeira contada neste artigo se encaixa como parte de uma história maior: a de acolher a singularidade de cada criança e oferecer, por meio do brincar, caminhos de desenvolvimento, acesso e carinho.
🔗 Links sugeridos:
Externos:
- CAISE – Centro de Atendimento em Inclusão Sensorial e Emocional
- The Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (CASEL)
Internos (Sementes da Vida — sugestões):
💫 Conclusão — Brincar com intenção: um gesto de amor que transforma
Entre espelhos e sons, aventuras e criações, essas 10 brincadeiras são mais do que atividades. São sementes de conexão real.
Sementes que florescem quando colocamos presença no brincar, quando mergulhamos no mundo das crianças com curiosidade, escuta e respeito.
Nenhuma delas exige perfeição.
Todas pedem intenção.
Pedem olhos nos olhos, tempo presente, encanto no gesto simples.
Crianças com TEA, TDAH ou TOD não precisam de grandes espetáculos para aprender — elas precisam de espelhos que acolham quem elas realmente são.
E nesse espelho está você. Educador. Pai. Mãe. Cuidador. Guia sensível nessa jornada cheia de nuances.
• Instituto Alana
• Criança e Consumo
• Tempojunto
• Na Pracinha
• Disciplina Positiva Brasil
• PsiMama
• Gente Que Educa
🌍 Fontes internacionais:
• Center on the Developing Child – Harvard
• Common Sense Media
• Child Mind Institute
• The Gottman Institute
• Mindful.org
• The Danish Way
• Raising Children Australia
• Parenting for a Digital Future – LSE
🤰 Fontes sobre maternidade e parto humanizado:
• Rede D’Or – Parto natural, humanizado e bem-estar materno-infantil
Essas atividades não são mágicas — são estratégias conscientes para construir pontes entre o mundo interno da criança e o ambiente que a cerca.
Mais do que estimular, essas brincadeiras convidam a conectar, observar, acolher. São ferramentas para que a criança se desenvolva não apenas cognitivamente, mas emocionalmente, em segurança e com autonomia.
✨ Uma mensagem da autora – Giulia Mura Coutinho
💬 Ei, deixa eu te contar um segredo…
Sabe por que eu criei o blog sementesdavida.org?
Porque infância, pra mim, nunca foi só uma fase. Sempre foi raiz. Começo. Cuidado.
É o cheiro do pão no forno da vó.
É a primeira vez que alguém chama você pelo nome com carinho.
É a fruta comida no pé. O riso solto de quando a vida ainda é leve.
🌱 Aqui, compartilho o que venho aprendendo (e continuo aprendendo todos os dias!) sobre presença verdadeira, educação com afeto, desenvolvimento emocional e vínculos fortes com nossos filhos.
🧩 Neste blog, você vai encontrar: • 📱 Dicas reais para equilibrar tempo de tela e tempo de colo
• 💡 Reflexões sobre o impacto das tecnologias na infância
• 💚 Inspirações para aplicar parentalidade positiva no dia a dia
• 📚 Atividades afetivas para fortalecer a conexão familiar
Se você acredita que educar com gentileza e consciência é plantar um futuro melhor, então sim — você já faz parte desta comunidade. 💛
📬 Assine a newsletter para receber conteúdos exclusivos sobre infância consciente, criação com vínculo e desenvolvimento infantil — sempre com espaço para uma boa escuta e um café quentinho também. ☕✨
Com carinho,
Giulia Mura Coutinho
Educadora, mãe e autora do blog sementesdavida.org
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🔍 Fontes de referência – Educar com consciência é educar com apoio
📚 Nacionais:
• Instituto Alana
• Criança e Consumo
• Tempojunto
• Na Pracinha
• Disciplina Positiva Brasil
• PsiMama
• Gente Que Educa
🌏 Internacionais:
• Center on the Developing Child – Harvard
• Common Sense Media
• Child Mind Institute
• The Gottman Institute
• Mindful.org
• The Danish Way
• Raising Children Australia
• Parenting for a Digital Future – LSE
🤰 Complementares sobre maternidade e parto humanizado:
• Rede D’Or São Luiz – Parto Humanizado e Maternidade
✍️ Sobre a autora
Giulia Mura Coutinho é educadora, mãe e criadora do blog sementesdavida.org.
Escreve sobre infância afetiva, presença consciente, parentalidade positiva e vínculos familiares — sempre com empatia, propósito e escuta verdadeira.
🌿 Seu maior compromisso é inspirar famílias a educarem com mais afeto e significado todos os dias.

Mensagem Final — Avaliar com Cuidado é Cuidar com Responsabilidade
TEA, TDAH e TOD são transtornos do neurodesenvolvimento que compartilham sintomas como impulsividade, dificuldades de autorregulação, irritabilidade, atrasos na comunicação e comportamentos desafiadores. Essa semelhança sintomatológica pode levar a diagnósticos cruzados ou equivocados quando a avaliação não é feita com critérios bem definidos.
Por isso, é essencial que profissionais da saúde e da educação estejam atentos à complexidade do diagnóstico diferencial, respeitando o tempo clínico necessário para observar, investigar e compreender cada criança de forma individualizada.
A investigação precisa deve incluir:
- Entrevistas estruturadas com familiares e cuidadores
- Observações clínicas diretas em contextos variados (escola, casa, consultório)
- Avaliações neuropsicológicas padronizadas
- Escalas comportamentais específicas para cada transtorno (ex: M-CHAT, SNAP-IV, CBCL)
- Histórico detalhado do desenvolvimento, ambiental e educacional da criança
- Avaliação interdisciplinar com psicólogo, neuropediatra, psiquiatra infantil, fonoaudiólogo e pedagogo, quando necessário
Lembre-se: nenhuma criança deve ser reduzida ao seu diagnóstico. O cuidado ético, empático e multidisciplinar continua sendo a melhor conduta para garantir não apenas uma identificação correta, mas também um plano de intervenção eficaz e humanizado.
O diagnóstico é apenas o começo. O compromisso com o desenvolvimento integral deve ser contínuo.